COORDENADORXS
Esther Gabara trabalha com a literatura e a cultura visual na América Latina moderna e contemporânea. É autora de Errant Modernism: The Ethos of Photography in Mexico and Brazil, e está atualmente trabalhando em um manuscrito entitulado “Non-Literary Fiction: Invention and Interventions in Contemporary Art of the Americas”.
Fernando J. Rosenberg é o autor de Avant-Garde and Geopolitics in Latin America. Sua pesquisa atual enfoca a interseção entre narrativas jurídicas e práticas artísticas. Ele editou, juntamente com Jill Lane, um número da emisferica entitulado Performance and the Law (3.1, 2006). O seu segundo livro é After Human Rights: Literature, Visual Arts and Film in Latin America (1990-2010).
Camilo Trumper estuda política, a esfera pública e a prática urbana e visual nas Américas. O seu livro, Ephemeral Histories: The Politics of Public Space and Public Art in Chile, examina quais os residentes urbanxs reclamam novos espaços e novas identidades políticas. Conclui que intrusões efêmeras no cenário urbano alteram o próprio estilo e a forma da política no período pós-guerra.
SALAS
18/7 – 20/7: H306, Tecnoaulas FEN
22/7: G14 FAU
DESCRIÇÃO
Este grupo brinca com o conceito, o som e o ato de “olhar de relance” e convida acadêmicxs, artistas (visuais e performáticxs) e ativistas a olhar de relance, ou de soslaio, para o neoliberalismo. A frase estabelece uma posição e uma ação para o olhar—que implica tanto transversalidade quanto repetição—olhar de soslaio e olhar novamente. Isso promove um reconhecimento das refrações e reflexões do neoliberalismo ao longo do tempo, uma espiada que sugere curiosidade e descrença, incerteza e crítica. Se Santiago do Chile foi, de certo modo, o marco zero para a experiência com o neoliberalismo nas Américas, foi também um campo de batalha para respostas críticas. “Olhar de relance” possibilita o reconhecimento das origens neoliberais, da sua continuidade e das suas crises, e serve como uma lente para se enxergar as posições, práticas e experiências de outras formas de vida a partir desse ponto de vista. Nos perguntaremos se algumas práticas visuais oferecem meios de sobrevivência e persistência de uma imaginação distinta do liberalismo e/ou sua transcendência. Será que uma olhada de soslaio poderia nos fazer vislumbrar o incipiente, o inconsciente, o irrepresentável? Como pode um “olhar de relance” clarificar os movimentos sociais contemporâneos envolvendo a educação, a disparidade na distribuição da renda, a migração e a legitimidade política? Será que questões relativas à memória e aos direitos humanos esclarecem ou obscurecem esses direitos de gênero e de minorias étnicas, os direitos pós-humanos da natureza e dos animais e outras espiadas de canto de olho para a base ocidental individualista da ética neoliberal? Este grupo abordará estas questões a partir da interseção entre a performance e as artes visuais, os Estudos Latino-Americanos e Latinos, a prática artística, o ativismo e a teoria.