A cidade indígena
Convocamos propostas que articulem os pontos de conflitos e de convergência entre as indigeneidades e o espaço urbano contemporâneo. Que práticas permitem a criação de redes de pensamento e ação que connfrontam o racismo e a invisibilização em uma cidade que tende à homogeneização cultural no contexto do neoliberalismo e da globalização? Que espaços, estratégias e práticas permitem ou criam obstáculos à plena expressão da interculturalidade na cidade? Buscamos propostas que reflitam sobre práticas de ocupação e habitabilidade da cidade que possibilitam as diferenças e excentricidades culturais.
Memória e violência
Buscamos arte-ações de rua que problematizem os modos de espacialização da memória no espaço público e que explorem a memória e as formas coletivas de resistência. As propostas não têm que abordar necessariamente a memória no Chile. Convocamos também artistas que queiram trabalhar multidimensionalmente com memórias de outras comunidades ou lugares que possam gerar grave tensão na cidade de Santiago. As propostas aceitas serão realizadas em locais da memória de Santiago — como, por exemplo, antigos centros de detenção e tortura ou memoriais.
Resistência nas periferias urbanas
Convocamos arte-ações de rua que critiquem as redes de poder que organizam as cidades contemporâneas e que tanto visibilizam quanto incitam a resistência frente às grotescas desigualdades que estas mantêm—desde a segregação sócio-espacial racial e econômica aos atuais deslocamentos e expulsões causados pela gentrificação selvagem em cidades por todo o mundo. As propostas aceitas serão realizadas em um dos bairros mais conflituados de Santiago: a Comuna de Pedro Aguirre Cerda.