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História

O Instituto Hemisférico de Performance e Política foi concebido, em 1998, pelos Professores Diana Taylor (NYU), Zeca Ligiéro (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Brasil), Javier Serna (Universidad Autónoma de Nuevo León, Mexico) e Luis Peirano (Pontificia Universidad Católica del Perú), a fim de expandir metodologias para a análise da prática do corpo e energizar a pesquisa sobre as práticas compartilhadas nas Américas. Com sede no Departamento dos Estudos da Performance da Tisch School of the Arts, na NYU, em 1998, o Instituto recebeu uma bolsa de planejamento inicial da Fundação Ford. Logo em seguida, ofereceu seu primeiro curso ("A Conquista," 1999) e realizou seu primeiro Encontro (Rio de Janeiro, Brasil, 2000).

O ímpeto inicial era criar um consórcio de instituições que abrigasse acadêmicos interessados na intersecção da performance e política nas Américas e construísse coleções de mateirais acadêmicos e artísticos para pesquisa e ensino. Os participantes trabalharam juntos para dividir materiais e metodologias e construir capacidade tecnológica em instituições sócias a fim de possibilitar o ensino em colaboração através das fronteiras. Quandos os primeiros esforços tornaram-se reais, o Instituto Hemisférico começou a desenvolver um arquivo com materiais de pesquisa e treinar estudantes de mestrado dentro de um espaço multilíngüe e de colaboração. Esses alunos também desenvolveram tecnologias de informação que fizeram expandir enormemente suas habilidades para a produção de conhecimento em colaboração e para a comunicação de seus achados para platéias hemisféricas.

Desde seu início, o Instituto tem desenvolvido redes em expansão através das Américas. Ao começar com o primeiro Encontro no Rio de Janeiro, em 2000, os Encontros já foram realizados em Monterrey, México, Lima, Peru, Nova York, Belo Horizonte, Brasil e Buenos Aires, Argentina, em pareceria com instituições como o Centro Cultural Recoleta, a Uni-Rio, e a UFMG, para mencionar apenas algumas. Estas conferências/festivais transformaram-se em eventos bianuais de grande proporção com quase 500 participantes vindos das Américas. O Encontro de 2009 acontecerá na Universidad Nacional de Colombia em Bogotá. Atualmente, o Instituto tem quinze universidades-membros nos Estados Unidos e já desenvolveu pareceria com importantes organizações de Nova York como El Museo del Barrio, The Culture Project, La MaMa, e The Bronx Academy of Arts and Dance (BAAD). Nossa revista acadêmica on-line, e-misférica, já publicou nove números apresentando trabalhos originais sobre tópicos como A Performance e a Lei, Performance Aborígine, Sexualidades nas Américas, Emoção e Performance, e Body Politics/Corpografías/Corpografias, possibilitando perspectivas comparativas e de colaboração sobre performance e política em todo o hemisfério. Em 2008, o Instituto Hemisférico inaugurou o Centro Hemisférico/FOMMA, seu primeiro centro cultural e de pesquisa regional, localizado em San Cristóbal de las Casas, no estado mexicano de Chiapas. O Centro Hemisférico/FOMMA é um projeto de colaboração com a La Fortaleza de la Mujer Maya -- um grupo de teatro coletivo de mulheres Maias e uma ONG --, com o apoio da NYU e da Fundação Ford.

Durante todo este tempo, o Instituto também construiu uma base administrativa sólida na NYU. Inicialmente, era um projeto dentro do Departamento dos Estudos da Performance na Tisch School of the Arts, mas agora o Instituto se beneficia do apoio e colaboração de várias faculdades dentro da NYU, incluíndo a College of Arts and Sciences (Faculdade de Artes e Ciências) e a Steinhardt School of Culture, Education and Human Development (Faculdade de Cultura, Educação e Desenvolvimento Humano Steinhardt), com a participação de seu corpo docente e estudantes de Antropologia, Estudos da Performance, Artes, Estudos Visuais, Estudos de Cinema, Espanhol e Português e o Center for Latin American and Caribbean Studies (Centro de Estudos Latino-Americanos e Caribenhos). Em 2007, o Instituto recebeu uma bolsa da Fundação Ford e tornou-se uma iniciativa universitária, com sua administração localizada dentro do escritório da Provost.

Nos últimos anos, o Instituto Hemisférico também diversificou suas fontes de apoio financeiro. A mais importante foi a bolsa oferecida pela Andrew W. Mellon Foundation para o Instituto e as Bibliotecas da New York University para a criação da Biblioteca Vídeo Digital do Instituto Hemisférico (HIDVL), a primeira coleção mundial e permanente de vídeos de práticas performáticas das Américas. Juntamente com a capacidade de digitação de primeira linha, este arquivo também possui agora mais de quinhentas horas de vídeo digital e materiais de apoio em três idiomas que estarão a disposição de acadêmicos, artistas e platéias interessadas através de seu website. Com o apoio do The Rockefeller Brothers Fund, o Instituto recentemente lançou a iniciativa Hemisférico Nova York. Através de performances e oficinas públicas, um programa de artistas emergentes, e a colaboração com instituições culturais locais, a iniciativa Hemisférico Nova York procura ressaltar os encontros hemisféricos e a vitalidade artística que fazem da cidade de Nova York o maior cruzamento cultural das Américas.