COORDENADORXS
Martin Bowen-Silva é professor adjunto de História na New York University Abu Dhabi. Bowen estudou na École des Hautes Études en Sciences Sociales, onde obteve um Ph.D. em História em 2014. Sua pesquisa enfoca a história política e cultural da América Latina, emoções e a história do corpo.
Nikolai Kozak é um artista de multimídia argentino domiciliado em Santiago do Chile. A sua obra explora a pós-memória, a linhagem, o trauma, as estruturas repressivas e os arquivos, no que diz respeito ao corpo. Tem desenvolvido projetos em colaboração com o Museo de la Memoria e outros. Está atualmente criando programas com o Museo de la Solidaridad Salvador Allende e o Partido Socialista de Chile.
Debra Levine é professora adjunta de Teatro e Performance na New York University Abu Dhabi. Sua obra enfoca a performance política, feminista, queer e arquivística nos séculos XX e XXI; a prática social artística e os movimentos sociais; e a mídia interativa / humanidades digitais. Seu mais recente artigo, “Trisomic Stages: Theater Hora and Jerome Bel’s Genetically Modified Theater”, foi publicado em Studia Dramatica.
Zeb Tortorici é professor adjunto no Departamento de Línguas e Literaturas Espanhola e Portuguesa da New York University. Sua obra enfoca a sexualidade na América Latina colonial, os relacionamentos humano-animal e os arquivos históricos. Recentemente atuou como um dos editores de Centering Animals in Latin American History e de duas edições de Radical History Review sobre o tema “Arquivos Queer“.
SALA
Sala 23, DETUCH
DESCRIÇÃO
Este grupo de trabalho vai analisar o potencial de representação de impossibilidades históricas. Estudaremos performers contemporâneos e históricos e artistas sociais que adotam metodologias crackpot, ilícitas e desacreditadas na/da história para trabalhar (“werk”) o passado. Quais são as possibilidades afetivas e políticas ao se criar o que nunca poderia ter acontecido e transformar isso numa realidade fictícia? Este grupo de trabalho acompanha a revisão do performer e coreógrafo Trajal Harrell da obra “No Manifesto”, de Yvonne Rainer, para abordar o potencial do “talvez” e do “e se”. Discutiremos como essas deduções são necessárias para expor o regime do poder / da verdade em relação a métodos de historicidade legitimados. Como é que a performance pode tornar-se um local privilegiado para a admissão de encontros – reunião de corpos, tempos e lugares, separados na/pela história?
Este grupo de trabalho apresentará o estudo da performance e as práticas artísticas que proporcionam um palco para impossibilidades históricas como um vasto campo para transformação política no presente. Com o devido respeito a Brecht e Boal – e seguindo a linha de Harrell – isso pode implicar dizer ‘talvez’ a métodos e práticas históricas e estéticas mais ilegítimos: dizer “talvez” ao espetáculo, talvez a transformações e faz-de-contas mágicos, talvez ao glamour e à transcendência da imagem da estrela, talvez ao heróico, talvez ao envolvimento dx performer ou espectadorx, talvez ao estilo, talvez ao imaginário trash, talvez ao campo, talvez à sedução dx espectadorx por meio de artimanhas dx performer e talvez ao mover e ser movidx.