COORDENADORAS
Rossana Reguillo tem um Ph.D. em Ciências Sociais do CIESAS. Ela é pesquisadora, membro da Academia Mexicana de Ciencias e professora de Estudos Socioculturais no ITESO. Seus interesses de pesquisa incluem: juventude e culturas urbanas; a construção social do medo e a política do afeto; e o narcotráfico e da violência.
Alina Peña-Iguarán é professora no Departamento de Estudos Socioculturais do ITESO. Concluiu um doutorado em Línguas e Literaturas Romances na Boston University. Já deu aulas de Literatura e Cultura Hispanoamericana e já trabalhou também em organizações não governamentais, criando programas educativos para migrantes mexicanos sem documentos em Nova Iorque.
SALAS
18/7 – 20/7, H102, Tecnoaulas FEN
22/7, F14 FAU
DESCRIÇÃO
Uma das principais “realizações” dos poderes proprietários (políticos, econômicos, religiosos, midiáticos), tem sido estabelecer o que Rancière chamaria de “mapa policial do possível” (1996), em outras palavras, refere-se à ordem naturalizada em que “uns mandam e outros obedecem”, que escapa a qualquer transcendência histórica: as coisas são assim. A polícia, esse tipo de maquinário cultural que opera tanto por meio da dominação quanto da sedução, instaura as coordenadas objetivas e simbólicas, as margens e os limites nos quais pensamos e agimos como sujeitos.
O grupo então propõe-se a servir como um espaço onde se possa explorar, analisar, debater a ideia da “interrupção” que tem conduzido a onda de protestos, revoltas, mobilizações e movimentos que agitam o panorama contemporâneo. O que é que se interrompe? Quais são os efeitos desta interrupção? Como se configura e se mantém a comunidade política dos que decidiram interromper o sistema? É possível afirmar um lugar às margens? Que operações, dispositivos, técnicas, processos imaginativos se desenvolvem neste estar “fora” do mapa policial do possível?