COORDENADORAS
Macarena Gómez-Barris é professora adjunta de Estudos Americanos & Etnia e de Sociologia na University of Southern California. É a autora de Where Memory Dwells: Culture and State Violence in Chile e de Towards a Sociology of a Trace . Macarena foi a recipiente de uma bolsa Fulbright para o ano letivo de 2014-2015 e uma das recipientes do Getty Fellowship for Pacific Standard Time 2: LA/LA.
Carolina Caycedo extrapola, com a sua prática, os limites do estúdio, da galeria e da instituição, estendendo-se para o campo social, onde explora sistemas de movimento e intercâmbio, bem como processos de assimilação e resistência. Já desenvolveu projetos com o envolvimento do público em Euroa e nos Estados Unidos. Participou de diversas bienais, incluindo Berlim (2014), Havana (2009) e Veneza (2003).
Maria-Amelia Viteri tem um Ph.D. em Antropologia Cultural da American University com uma concentração em Raça, Gênero e Justiça Social. Seu principal foco de pesquisa está voltado para o sentimento de pertença e identidades nas imigrações entre Equador e nos Estados Unidos. Seu livro Translating Latina/o Sexualities across the Americas, analisa criticamente as interseções entre ‘latino’, ‘queer’ e ‘americano’.
SALA
Sala Sergio Aguirre, DETUCH
DESCRIÇÃO
Qual o futuro possível dentro do contexto da expansão de economias extrativistas e a percepção de uma escolha binária entre o capitalismo ou o socialismo na macro-escala global e economia política? Neste grupo de trabalho, por meio da atividade e da teoria encorporada, exploraremos diversas inversões e perversões da ordem global dominante, utilizando formações epistêmicas e fenomenológicas iniciadas por modos de sentir, de saber e de ser do Sul Global. Tomamos como ponto de partida diversas genealogias artísticas, ativistas e intelectuais, incluindo estudos subalternos, a teoria queer, contra-visualidades, epistemes “olho de peixe”, geo-coreografias, a anarquia feminista indígena, a teoria descolonial e pós-desenvolvimento, liberações territoriais e a práxis do bem viver. Essas abordagens sugerem os desafios multidimensionais à ordem existente e à percepção da vida e do seu futuro. A insistência em inverter e perverter visualidades e os gêneros da encorporação convencional serão centrais ao nosso entendimento do trabalho deste grupo de pesquisa. Convidamos todas as espécies de ex-centricidades que produzam formas de conhecimento que desafiem o que Gómez-Barris denomina “o ponto de vista extrativista” ou as tecnologias de vigilância e condições monoculturais que limitam o modo como pensamos sobre a natureza, como nos relacionamos com ela e como imaginamos o futuro.
Coordenado por acadêmicxs e artistas, este grupo convida participantes mapuche, pessoas afrodescendentes e indígenas, performers queer, ativistas de movimentos estudantis, teóricxs do descolonialismo, pensadorxs, artistas, escritorxs ou qualquer umx que se identifique com o uso de inversões e perversões como formas de organizar futuros.