COORDENADORXS
Christine Greiner, Doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, pós-doutorados pela Universidade de Tóquio, International Research Center for Japanese Studies e NYU. É assistente-doutor da PUC-SP e membro do corpo editorial da Sala Preta, entre outros. Tem experiência na área de Teoria da Comunicação, atuando nos eixos temáticos da arte e da cultura.
Pablo Assumpção Costa é Professor adjunto de Performance no Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará. Possui doutorado em Estudos da Performance (NYU). Tem experiência nas áreas de performatividade de gênero e da sexualidade, cidade e corporeidade, erotismo, entre outras. É e professor do programa de pós-graduação em Artes da Universidade Federal do Ceará.
SALAS
18/7 – 20/7: H303, Tecnoaulas FEN
22/7: G11 FAU
DESCRIÇÃO
O avanço nos estudos da arte como modo específico de organização do pensamento interpela cada vez mais a teoria do conhecimento e a epistemologia científica. Se o corpo apreende e explora o mundo através da performance, isto é, se o movimento corporal e a experiência sensorial organizam processos de significação irredutíveis ao fechamento de sistemas linguísticos e de concepções tradicionais de metodologia científica, então o entendimento da performance como modo de conhecer questiona a própria natureza do conhecimento e da pesquisa científica e sugere a prática e invenção artística como operadores centrais no que chamamos atividade teórica. Dentro deste contexto, propomos um grupo de trabalho com duplo objetivo: (1) avançar na discussão teórica sobre “performance como episteme”, através de um entendimento definitivo da performance como modo de explorar e conhecer a realidade social capaz de constituir um sistema específico e alternativo de linguagem e razão; e (2) criar um espaço para experimentação em arte e performance como métodos, ou talvez cartografias, de pesquisa teórica. Temos particular interesse em agregar pesquisadorxs que desejem investigar os modos de apreender e conhecer o real social, e que busquem no corpo e na ação poético-performativa uma conformação plástica de suas pesquisas. Em última análise, nos perguntaremos de que forma pensar e engendrar a “prática artística” como modo de investigação abre também o campo do político – da resistência e da intervenção política – no interior da relação entre conhecimento e poder.