COORDENADORES
Jorge Díaz é um ativista em prol da dissidência sexual, biólogo, poeta e feminista. Tem um Ph.D. em Bioquímica pela Universidad de Chile e é membro do Colectivo Universitario de Disidencia Sexual (CUDS) desde 2008. Já escreveu e publicou artigos sobre biopolítica, teoria e estética feminista e participou de conferências relativas à arte e política sexual.
Jack Halberstam tem trabalhado na interseção da arte com a performance durante as últimas duas décadas. Sua pesquisa e estudos têm geralmente enfocado a cultura popular, a expressão política excêntrica e a variação sexo-genérica. Halberstam está trabalhando atualmente em diversos projetos, notadamente em um livro entitulado THE WILD, sobre a anarquia queer.
Lawrence La Fountain-Stokes é um escritor, performer e acadêmico com interesse em uma variedade de temas relacionados a sexualidades e à performance nas Américas. É autor de Queer Ricans: Cultures and Sexualities in the Caribbean e atualmente está escrevendo sobre a performance e o ativismo transformista e trans. Faz performances e escreve um blog como Lola von Miramar e já publicou vários livros de contos.
Felipe Rivas San Martín trabalha com um imaginário composto por telas, interfaces e aplicativos com os quais interagimos diariamente e utiliza essas imagens para produzir suas obras de arte. Também trabalha com códigos QR, produzindo obras que ele denomina “QueeR Codes”, para estudar a circulação de tecnologias na América Latina, a imposição do modelo econômico neoliberal e seus efeitos culturais no Chile.
SALAS
18/7 – 20/7: H310, Tecnoaulas FEN
22/7: F12 FAU
DESCRIÇÃO
Em sintonia com o tema central do Encuentro deste ano, propomos realizar uma oficina sobre sexualidades excêntricas. Reconhecendo as limitações dos modelos de sexualidade baseados nos conceitos europeus/norte-americanos de orientação, identidade, urbanidade e erotismo do século XX, pretendemos explorar outras organizações epistemológicas do desejo. Reconhecemos que, ao redor das Américas, sempre existiram outras formulações de desejo e dissidência, reprodução e resistência, dentro e fora. Esta oficina analisará exemplos históricos e formações sexuais contemporâneas, utilizando o rico arquivo de performances para responder a uma série de perguntas sobre a excentricidade sexual. Também temos interesse em realizar uma pesquisa aprofundada sobre as estratégias que esses coletivos dissidentes e feministas têm desenvolvido – ou estão atualmente desenvolvendo – práticas artísticas e ativistas envolventes, como as performances drag e trans; as políticas da transficção; o ativismo cibernético e pós-internet; a audiovisualidade e a fotografia feminista; a independência editorial e a publicação ativista. Exploraremos estas estratégias como armas contra-culturais que desafiam os cânones estéticos da representação da sexualidade e que são associadas ao ex-cêntrico.
Xs participantes da oficina estarão trabalhando em uma diversidade de aspectos relativos ao tema, incluindo:
- os limites da performance sexual: o lugar do corpo
- pornô feminista e pós-pornô
- abjeção e crítica feminista
- espaço virtual e arquivo dissidente
- transficções, travestismos e transdisciplinariedade
- as histórias da raça e do desejo
- propostas estéticas de coletivos transfeministas e de dissidência sexual
- performance e perversão
- a performance e a arte forasteiras
- o esquisito, o estranho, o bizarro e o maravilhoso
- novas e velhas teorias sobre o corpo
- o transgenérico e o excêntrico