COORDENADORAS
Ana Paulina Lee é professora adjunta de Estudos Luso-Brasileiros na Columbia University. Recentemente, ela recebeu uma bolsa da Andrew W. Mellon para cursar um pós-doutorado na Tulane University. Durante o ano letivo de 2013-14, ela foi bolsista Fulbright e pesquisadora da Fundação Luso-Americana em Lisboa, Portugal. Lee faz parte do conselho editorial da revista Asian Diasporic Visual Cultures and the Americas. Ela é membro do comitê executivo do Fórum de Estudos Americanos Hemisféricos da MLA. Seu manuscrito examina a história das relações culturais entre a China e o Brasil a partir do século XIX até o presente para elaborar as condições de cidadania brasileira moderna.
Beatrice Glow é uma artista taiwanesa/americana domiciliada em Nova Iorque que visualiza identidades marginalizadas na diáspora e no pós-colonialismo por meio de performances e instalações reativas quanto ao local (site-responsive). Ela tem um bacharelado em Belas Artes com concentração em Arte de Estúdio da New York University. Como bolsista Fulbright para o Peru (2008), pesquisando a diáspora asiática, ela publicou “Taparaco Myth” em inglês, espanhol e chinês; apresentou-se na Bienal DEFORMES 2008 (CL); e exibiu a obra “Museu Migratório” na Universidad Nacional de San Marcos (PE), La Pontificia Universidad Católica del Perú, Centro Cultural El Eje (CO), Museo de Bellas Artes de la Universidad Nacional (CO) e Enlace Arte Contemporáneo (PE). Em Nova Iorque, ela já se apresentou no El Museo del Barrio e criou o “Austronesia Aquarium”, uma instalação no Lilac Steamship Museum, explorando 5.000 anos de interconectividade e migração humana transpacífica através de metáforas visuais de desenhos iluminados dos peixes da Austronésia que unem ilhas a ilhas, continentes a continentes e culturas a culturas. Ela encorpora a sua pesquisa para intervir na realidade, turvando os limites entre a arte e a vida, por meio de atos como escrever cartas de amor paródicas a um ditador para confrontar o machismo ou fisicamente retraçar as rotas de fuga dos culis no Peru. Ela foi Artista Emergente Afiliada de 2012 no Instituto Hemisférico e, atualmente, é Acadêmica Visitante do Asian/Pacific/American Institute da New York University. Ela participa do John Zorn’s Obsessions Collective.
Alexandra Chang é a curadora de projetos especiais e diretora do Programa Global de Artes do Instituto Asiático/Pacífico/Americano da New York University, onde é diretora de projeto do Museu Virtual Asiático-Americano e coeditora-chefe da revista Asian Diasporic Visual Cultures and the Americas (ADVA), com a editora Brill (Leiden) e parceiros institucionais, o Instituto Asiático/Pacífico/Americano da New York University e o Instituto para Estudos da Arte Canadense Gail and Stephen A. Jarislowsky, da Concordia University. Ela é também diretora do Intercâmbio Global de Arte da Ásia/Pacífico da New York University e co-organizadora do Projeto de Arte Asiático-Americana da Costa Leste, um projeto digital inter-institutional de arte, arquivos e humanidades que inclui o Museu Virtual Asiático-Americano com a New York University, em parceria com a Smithsonian Institution e o Getty Research Institute e com o apoio da Terra Foundation for American Art. Ela também é cofundadora e co-organizadora da Diasporic Asian Art Network (DAAN) e atua no International Committee of College Art Association. É cocuradora e pesquisadora sênior para o estudo de exibição sobre a arte chinesa-caribenha entitulada “Círculos e circuitos: a arte chinesa-caribenha”, com o Museu Chinês-Americano de Los Angeles, o Museu Afro-Americano da Califórnia, a Smithsonian Institution, a Alice Yard e o A/P/A Institute da New York University, com o apoio do Getty’s Pacific Standard Time II: LA/LA initiative. Ela é a autora de Envisioning Diaspora: Asian American Visual Art Collectives from Godzilla, Godzookie, to the Barnstormers (2008 Timezone 8).
Anna Kazumi Stahl é escritora de ficção e tem um doutorado em Literatura Comparada pela University of California, Berkeley. Sua pesquisa explora as expressões culturais da América asiático-latina e realiza uma análise comparativa das perspectivas asiático-norteamericanas. É autora de Catastrofes naturales e Flores de un solo día. Stahl ensinou Redação Criativa na NYUBA.
SALA
Sala 22, DETUCH
DESCRIÇÃO
Grande parte das histórias dos asiáticos nas Américas envolve um confronto constante com clausuras e divisões forçadas que também resultaram no apagamento da negritude e da desapropriação de terras indígenas. Mundos sociais foram fechados e impossibilitados por meio de processos políticos e econômicos interligados de exclusão, racialização e expulsão. Este grupo de trabalho questiona como a performance, a cultura visual e vários modos de fazer memórias têm servido para produzir formas alternativas de organização e convocação que resistem ou que estejam fora da alçada das culturas dominantes que continuam a determinar hierarquias com base na raça e na classe social nos contextos contemporâneos e hemisféricos americanos. Vamos explorar formas em que práticas encorporadas não só resistem, mas produzem e sustentam a produção de conhecimento sobre o passado já encerrado e como novas práticas de construção de significado derrubam resíduos coloniais persistentes de discriminação racial, de gênero e divisões étnicas. A oficina também vai examinar como os meios de performance e produção cultural tornaram-se formas de mediação de direitos por meio da confrontação, interpretação, recodificação e transformação dos termos de pertença e de exclusão.