Não categorizado

COORDENADORXS

Roewan Crowe é uma artista e escritora que considera estimulantes os atos de perturbação, transformação radical e utilização tática da auto-reflexão. Ela publicou recentemente Quivering Land, uma obra de velho oeste queer, que faz uso da poética para abordar legados de violência, colonização e identidade do colonizador. É professora adjunta da University of Winnipeg, Treaty One Territory.

Doris Difarnecio é uma novaiorquina afrocolombiana residente em Chiapas, no México. O seu curso de mestrado, do Centro de Estudios Superiores de México y Centroamérica, teve como foco o corpo e a memória no teatro popular da FOMMA, um coletivo maia que inclui escritoras, atrizes e poetisas. Criou e dirigiu peças teatrais com base em histórias orais globais. Doris é cofundadora de Arte Acción.

Javier Serna é professor de Letras e Análise de Processos Culturais da Universidad Autónoma de Nuevo León, México. Publicações: 150 Años de Teatro en Nuevo León, Narcocorridos e Oratura. PhD em Estudos da Performance pela New York University. Mestrado em Drama pelo Drama Centre London e em Antropologia pela Universidad Autónoma de Nuevo León.

SALA

Sala Enrique Noisvander, DETUCH

DESCRIÇÃO

Como podemos manifestar o repertório do artista, tornar visíveis os seus conhecimentos, suas habilidades e suas teorias artísticas, descrever o processo e a profundidade da produção artística e transmitir esses conhecimentos? Nós entendemos o repertório como práticas culturais e sociais de transmissão tanto efêmeras quanto encorporadas. Nos situamos numa encruzilhada de regimes hemisféricos como os queer, os baderneiros, os hereges, passando pelos confins do quadro normativo para derrubar os paradigmas binários e unitários. Profundamente afetados pelos processos de colonização, temos interesse em investigar como se daria a transmissão do conhecimento artístico em um contexto descolonizado. O nosso foco é manter, promover a proliferação e transmitir o repertório do artista através de diversas explorações, divergências e articulações.

COORDENADORXS

Ana Harcha trabalha com o grupo de pesquisa ARTEA, da Universidad de Castilla-La Mancha e organiza a Empresa de Circo Pacheco-Kaulen. É professora no Departamento de Teatro da Faculdade de Artes da Universidad de Chile (DETUCH). Com o Núcleo Arte, Política y Comunidad, dirige a Comisión Ortúzar na criação de uma obra interdisciplinar a partir das minutas das reuniões realizadas em 1980 para redigir a constituição chilena.

Núcleo Arte, Política y Comunidad é um coletivo de trabalho multidisciplinar, composto por acadêmicxs e egressxs da Universidad de Chile. O grupo realiza uma pesquisa colaborativa em torno das possibilidades da arte como meio de materialização de um pensamento crítico sobre questões específicas vinculadas ao desenvolvimento histórico e político no Chile de 1973 em diante.

SALA

Sala Augustín Siré, DETUCH

DESCRIÇÃO

Trabalharemos com os modelos de ação artística em que esteja claramente evidenciado o compromisso de visibilização de problemáticas políticas vinculadas a contextos específicos, observando estratégias de reflexão e criação para a materialização das propostas. O objetivo é enriquecer o conhecimento que cada umx dxs integrantes do grupo possui a respeito desses modelos e, simultaneamente, expandir possibilidades de pensamento crítico a respeito dos conceitos de arte, política e comunidade.

COORDENADORXS

María Emilia Tijoux tem um doutorado em Sociologia e é coordenadora do Núcleo de Sociologia do Corpo e das Emoções da Universidad de Chile. Suas mais recentes pesquisas têm enfocado o racismo, a exclusão social e as práticas de castigo, animalização e desumanização no Chile.

Constanza Ambiado é historiadora e esteta da Universidad Católica, co-coordenadora do Núcleo de Sociologia do Corpo e das Emoções da Universidad de Chile. Tem direcionado os seus estudos à compreensão das práticas de violência a partir do trabalho interdisciplinar entre as artes e as ciências sociais.

SALA

Sala 29 A, DETUCH

DESCRIÇÃO

Este grupo de trabalho constitui um espaço para discussão e reflexão sobre as práticas do racismo, da memória e do castigo, entrelaçadas pela história, pelos corpos e pelas emoções nas sociedades contemporâneas. O seu objetivo principal é gerar propostas de pesquisa a partir da encenação de experiências, imagens e objetos que invoquem os sentidos, para finalizar com um projeto construído de forma colaborativa entre acadêmicxs, artistas e ativistas participantes.

COORDENADORXS

José Miguel Candela é formado em Música pela Universidad de Chile e atualmente cursa um mestrado em Artes com concentração em Música e Tecnologia na Pontificia Universidad Católica de Chile. Já fez música para cinema, teatro e especialmente para a dança contemporânea. Candela tem se destacado no ramo da música eletroacústica. Atualmente é acadêmico no Departamento de Dança da Universidad de Chile.

Daniela Marini tem um mestrado em Prática Cênica e Cultura Visual pela Universidad de Alcalá, Madri, Espanha. É formada em Artes com concentração em Dança e professora especializada em Dança na Universidad de Chile. É acadêmica do Departamento de Dança da Universidad de Chile, onde também é coordenadora de criação. Suas criações coreográficas figuram Persistência de Material, O que recordo, e Geográfica, dentre outras.

Amílcar Borges de Barros, é docente, ator, diretor e investigador teatral, estudou na Universidade Federal da Bahia, na Universidade do Estado de São Paulo e formou-se em Atuação pela Universidad Finis Terrae. Pesquisa a encenação corporal, tendo como perspectiva as técnicas corporais envolvidas no processo criativo do ator. Criador e diretor do Teatro de la Dramaturgia Corporal.

SALA

Sala Eugenio Guzmán, DETUCH

DESCRIÇÃO

Explorar o silêncio, enquanto utopia, constitui um ato político em contraste ao horror vacui sistêmico. Explorar o tempo, enquanto subjetividade, constitui uma enação (Varela) e, portanto, um ato de resistência. Nos locais de invasão sonora e de instauração de um tempo objetivo, o corpo pode liberar-se dessa opressão paradoxicamente silenciosa e constante e propor uma dissidência, de forma ativa e profunda, estendendo sua subjetividade entre subjetividades. Propomos, como objetivo, pesquisar os conceitos de tempo e silêncio em sua relação com o corpo, enquanto soma, e sua projeção ao audível e ao visível. Para tanto, propomos, em primeiro lugar, um marco teórico previamente estabelecido (Erika Fisher Lichte, Geisha Fontaine, Michel Foucault, John  Cage, Luigi Nono), para então realizarmos uma pesquisa prática (Practice Led Research) que possibilite produzir um espaço performático de reflexão sobre esses temas.

COORDENADORXS

Julieta Paredes Carvajal é uma Aymara urbana e é poetisa, cantora e compositora, autora e grafiteira. Ela é parte do Mujeres Creando Comunidad e, junto com a Asamblea de Feminismo Comunitario, criaram uma corrente de pensamento e ação chamado Feminismo Comunitário, que atualmente reúne outras mulheres por todo o continente.

Skawennati produz arte sobre a história, o futuro e a mudança. Seus projetos em novas mídias já foram amplamente apresentados em importantes exibições como Now? NOW!, na Bienal das Américas em Denver. Nascida no Território Hahnawake Mohawk, ela recebeu um bacharelado em Belas Artes da Concordia University. É codiretora de Aboriginal Territories in Cyberspace e do Initiative for Indigenous Futures.

Dylan Miner, artista, ativista e acadêmico wiisaakodewinini, é autor de Creating Aztlán: Chicano Art, Indigenous Sovereignty, and Lowriding Across Turtle Island. Seu projeto Anishinaabensag Biimskowebshkigewag (Crianças nativas andam de bicicleta) está à mostra na Suécia e Michif–Michin (o povo–a medicina) estará em Vancouver no verão de 2016.

Jeneen Frei Njootli é uma artista e acadêmica multidisciplinar e membro da Vuntut Gwitchin First Nation. Atualmente residente em Vancouver, no território não rendido da Costa Salish, está cursando um mestrado em Belas Artes na The University of British Columbia, com concentração na estética descolonial. Suas obras compõem as coleções permanentes do Governo Yukon, entre outros.

Rodrigo Hernández Gómez é um artista/ativista transdisciplinar nascido no vale de Anahuac, Tenochtitlán/Cidade do México, de família Nahua, vivendo no território não rendido de Coast Salish/Vancouver. Tem um mestrado em Belas Artes da York University e a sua obra inclui resistência e ressurgimento epistêmico visual e performático. Tem trabalhado com organizações culturais e grupos para criticar o multiculturalismo a partir de uma perspectiva indígena urbana migratória.

SALAS

18/7 – 20/7: H307 Tecnoaulas FEN
22/7: F13 FAU

DESCRIÇÃO

Começaremos com uma discussão, a fim de gerar um consenso sobre o trabalho coletivo a ser realizado, com base na proposta inicial. Haverá breves apresentações de trabalhos artísticos, ativistas e acadêmicos que tenham relação com o tema do grupo. Abordaremos os desafios de despatriarcalizar e descolonizar as imagens de nossos corpos, de nossos territórios e de nossas práticas vitais. Reservaremos algum tempo para que xs integrantes do grupo possam refletir sobre essa questão e então reunir-se para trocar ideias para a performance final. Haverá um ensaio, seguido da performance final, que visa encorporar as discussões e intercâmbios ocorridos entre xs participantes do grupo.

COORDENADORXS

Brenda Werth é professora adjunta de Estudos Latino-Americanos na American University, em Washington D.C. Os seus interesses de pesquisa incluem o teatro, os documentários e a performance latino-americana, as questões relativas ao gênero, os estudos da memória e a tradução. Está atualmente trabalhando em um projeto que explora a política da não-ficção no teatro documental e na cinematografia argentina do século XXI.

Paola S. Hernández é professora adjunta de Espanhol e Estudos Latino-Americanos na University of Wisconsin-Madison. Suas áreas de pesquisa e docência têm como foco o teatro e performance latino-americano, os espaços da memória e os direitos humanos. Seu projeto atual examina o papel do “real” nas artes visuais, no teatro documental contemporâneo e na etnografia urbana na Argentina, na Colômbia, no Chile e no Peru.

Jorge A. Hernández Esguep é professor e diretor do Instituto de Artes Visuais da Faculdade de Arquitetura e Artes da Universidad Austral de Chile. Sua pesquisa enfoca a performance, Fluxus, arte/ação e intervenções urbanas. Ele é cofundador de Los Ángeles Negros, com o qual participou da exibição entitulada Perder la forma humana, no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (2013).

SALAS

Sala Victor Jara, DETUCH

DESCRIÇÃO

Este grupo busca explorar a poética visual da ação-arte direta na forma de performance e intervenção urbana no cenário social, político e cultural de Santiago do Chile. O nosso objetivo é criar um vínculo intelectual e artístico entre os textos literários, críticos e teóricos e utilizar esse vínculo como guia para a nossa interação com os espaços urbanos carregados de significado histórico e político em Santiago. Como um grupo, exploraremos a ressonância afetiva resultante do ato de caminhar por esses espaços emblemáticos da cidade, encorporando e participando da ressignificação política e histórica desses espaços. Examinaremos coletivamente o papel da arte e da performance dentro de um cenário político, considerando a histórica tradição socialista chilena e o impacto de partidos políticos como o Unidad Popular. Também levaremos em conta os discursos utópicos relacionados ao hombre nuevo na América Latina, bem como o papel das artes na resistência à mais recente ditadura militar. Por fim, exploraremos movimentos estudantis recentes no Chile como uma nova iteração da intervenção artística e política na cidade. Para o encerramento dos nossos trabalhos, xs integrantes do grupo desenvolverão colaborativamente um projeto criativo (por exemplo, um documentário, uma instalação, uma intervenção), desenvolvido com o propósito de reviver e envolver as histórias sociais, políticas e culturais desses diversos espaços urbanos.

COORDENADORXS

Peter Kulchyski foi criado no norte de Manitoba, Canadá, e foi um dos únicos estudantes não-aborígines em seu colégio interno estatal. Obteve o seu Ph.D. pela York University e é um dos estudiosos mais renomados em Estudos Indígenas no Canadá. É chefe do Departamento de Estudos Indígenas da University of Manitoba.

Smaro Kamboureli ocupa a Cadeira Avie Bennett de Literatura Canadense na University of Toronto, com especialização em Estudos da Diáspora. É editora de Lee Maracle’s Memory Serves: Oratories (a ser publicado no outono de 2015).

Praba Pilar, artista colombiana multidisciplinar, tecnóloga e teórica cultural, explora aspectos das tecnologias emergentes que geram formas globalizadas de crises econômicas e ecológicas. Passou a última década e meia apresentando performances, teatro de rua, instalações interativas, obras de arte digitais, textos e websites que desafiam as narrativas dominantes.

SALAS

7/18-7/20: H302 Tecnoaulas FEN
7/22: B23 FAU

DESCRIÇÃO

Este grupo de trabalho explora práticas, espaços, temporalidades e movimentos coletivos que surgem como alternativas à homogeneização global e ao projeto neoliberal, em particular.

A partir da experiência dos grupos com os quais xs participantes trabalham, este grupo de trabalho enfoca as práticas corporais que expõem e compensam o papel facilitador do Estado na expansão do neoliberalismo e/ou práticas criativas que incitam transformações sociais emancipadoras na comunidade. Questionamos a ideia do “cidadão”, a universalidade desregulada dos direitos humanos, o Estado como força unificadora máxima para a organização social, as fantasias do pensamento global desarraigado e o atual fracasso do capitalismo. Nossos corpos marcam nossa dissidência, nossa dissidência marca nossos corpos.

Pretendemos refletir sobre possibilidades para o futuro, examinando exemplos de práticas sociais que funcionam hoje no hemisfério como vislumbres desse “outro mundo” que é possível construir.

COORDENADORXS

Rachel Bowditch, professora adjunta da Arizona State University, tem mestrado e Ph.D. Ela tem enfocado os festivais, a utopia e a performance experimental. Seu livro, On the Edge of Utopia: Performance and Ritual at Burning Man, foi publicado como parte da série Enactments (Seagull Press/University of Chicago Press). Seu segundo livro, Performing Utopia, será publicado em 2016. rachelbowditch.com; vesselproject.org

Zeca Ligiéro tem um mestrado e um Ph.D. em Estudos da Performance pela NYU, dos pós-doutorados pela Yale University e Paris 8. É professor titular da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e coordena o Núcleo de Estudos das Performances Afro-Ameríndias. Dirigiu os espetáculos Povo de Rua no México e Desabrigo, de Antonio Fraga. Publicou: Initiation into Candomblé: Introduction to African-Brazilian Religion e Augusto Boal: Arte, Pedagogia e Política, entre muitos outros.

Milla Cozart Riggio, professora James J. Goodwin de Inglês no Trinity College recebeu o seu Ph.D. da Harvard University. Tem enfocado o Carnaval e a cultura de Trinidade. Entre seus livros e monografias editadas estão Ta`ziyeh: Ritual and Drama in Iran, The Play of Wisdom: Its Text and Contexts, Teaching Shakespeare through Performance. Já escreveu também sobre as performances hindus Ramleela em Trinidade.

Paolo Vignolo é professor adjunto da Universidad Nacional de Colombia, no ramo dos Estudos da Memória e da História Pública. Suas publicações e projetos artísticos enfocam: a poética, a política e a prática do jogo e da performance festiva, como também o patrimônio cultural, os direitos culturais e os agentes culturais. unal.academia.edu/PaoloVignolo

SALAS

18/7 – 20/7: H301, Tecnoaulas FEN
22/7: B24 FAU

DESCRIÇÃO

O excesso é um aspecto crucial de muitos carnavais e festas populares das Américas. A etimologia do termo (do latim ex “fora” + ceder “ir, ceder”) nos faz recordar a sua relação íntima com o excêntrico, ao tempo em que evoca um anseio de ir além que transcende, perturba e excede tanto o sujeito individual quanto a norma social. Isso simultaneamente nos remete à questão, crucial em toda prática festiva, da administração de excedentes. O potlatch e a depravação sagrada, os rituais do don e do contra-don, os choques entre economias morais e a expansão capitalista, os ciclos de prosperidade e de miséria, as derivas diaspóricas de tradições ancestrais, tudo isso resulta nas aporias do carnaval/festa, onde o excesso é também o governo do excesso, a exuberância testa os seus limites e o extravagante brota no seio do familiar.

Nos interessam propostas que questionem o caráter excessivo das estéticas e as economias da festa, em busca dos vincos, das zonas sombrias, das fronteiras porosas e conflitantes onde se insinuam alterações e alternativas, dissidências e subversões capazes de questionar radicalmente a visão antropológica de um homo economicus obcecado com a acumulação e a escassez, assim como a visão social de um status quo baseado nas leis da oferta e demanda.